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All reviews - Movies (25) - Music (8)

O samba e sua simplicidade

Posted : 15 years, 4 months ago on 28 December 2008 12:29 (A review of Braseiro)

Roberta Sá é uma cantora que obtem uma voz incrível. Já neste seu primeiro disco, "Braseiro", a moça nos prova com bastante eficiência. A voz linda de Roberta é sua grande arma que nos metralha munida de suas lindas canções. Estamos vencidos.

A primeira música do debut, "Eu Sambo Mesmo", é um samba gostoso e viciante. Além da voz perfeita de menina, a letra e o balance da música são as caracteríticas mais importantes não só nesta música como também em todo o disco. "Eu Sambo Mesmo" é, de primeira vista, uma das melhores faixas do CD. A segunda música é "Pelas Tabelas", canção da grande estrela da MPB Chico Buarque. A música, sem tempo para respirar, é letra atrás de letra. E que letra! Outra bela canção.

"No Braseiro", terceira faixa, é a música de teor político do disco. Engraçado ouvir um samba discutindo sobre o jeitinho brasileiro. Do tipo "Perdeu-se a moral e reina a falta de vergonha" ou também "Mania nacional é ver o outro se dar mal". Cita também a atual situação da segurança no Brasil: "O caso de polícia corriqueiro é todo dia". O refrão também se mostra bem sugestivo: "Moramos no braseiro, a coisa aqui tá quente. O ano inteiro corri atrás, não sei do que exatamente".

O disco contém um bossa linda, "Casa Pré-fabricada", escrita por Marcelo Camelo. A voz de Roberta e a letra são as grandes atrações da música, já que a sutil melodia se torna mera coadjuvante no meio de tanto sentimentalismo musical. A grande canção de "Braseiro" é, sem dúvida, "A Vizinha do Lado". Roberta Sá faz da música do imortal Dorival Caymmi uma obra singela e linda no mesmo plano. Fora a letra que é muito bonita de tão simples.

De resto, basta afirmar que "Braseiro" preza pela simplicidade do samba e que Roberta Sá já chegou com o pé direito na música popular brasileira que precisa tando de gente nova e diferente. De preferência, mulher.


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O robô super-humano

Posted : 15 years, 4 months ago on 27 December 2008 11:12 (A review of WALL·E)

Já faz um tempo que animações não servem apenas para divertir. Filmes animados agora nem são restritamente direcionados para os pequenos. A Pixar é um exemplo de empresa que fabrica longas animados sempre com teor reflexivo e com uma qualidade digital indiscutível. Os caras são gênios. E não estão simplesmente reinventando a animação hollywoodiana, eles estão recriando o cinema de Hollywood para o século XXI. Com Os "Incríveis", misturaram filmes de super-heróis com a importância da família. Em "Procurando Nemo", um road movie no oceano abordando conflitos de gerações. No "Ratatouille", um história de superação abordadando a supervalorização da imagem. Agora, é lançado "Wall-E", do mesmo diretor d'O Procurando Nemo, longa que mescla questão ambiental com história de amor.

Wall-E é, sem discussão, o personagem cinematográfico mais marcante de 2008, um robôzinho que possui sentimentos e se mostra mais humano que muitos humanos. Seu passatempo é assistir à mesma cena do musical “Alô, Dolly”, enquanto ensaia passos de dança desajeitados e sonha com...um amor. Que ele encontra quando a robô Eva é enviada ao planeta atrás de algum sinal de vida.

"Wall-E" mostra a Terra como um gigantesco lixão e o robô como o único que limpa. Enquanto Wall-E está compactando todo lixo, os humanos, sedentários, obesos, estão numa "colônia de férias" esperando voltar ao seu planeta natal. Colônia esta, comandada por outro sedentário e seu piloto automático inpirado no HAL-9000 de “2001”, clássico de Kubrick. O longa é um convite para pensar no futuro da Terra diante dessas atrocidades cometidas por quem a habita. E ainda consegue provar que, no meio de tanta desgraça, pode, sim, desenrolar-se uma linda história de amor dita como impossível.

Por isso relatado, o filme é feito para todos os públicos, sem exceção. Com certeza, um dos melhores filmes da época.


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Que belo disco pra se ter alegria

Posted : 15 years, 4 months ago on 16 December 2008 01:56 (A review of Que Belo Estranho Dia pra se Ter Alegria)

Demorei um tempo para ouvir este disco e quando ouvi, todas minhas expectativas foram deliciosamente supridas. "Que Belo Estranho Dia pra se Ter Alegria" é um ótimo cd de MPB dos últimos anos.

O disco é de uma brasilidade incrível. A primeira faixa "O Pedido" é um ótimo abre alas do repertório que nos espera, com violões dançando ininterruptamente. Como eu sempre prefiro sambas alegres destaco "Alô Fevereiro" que é bem casado com a bela voz de Roberta, como nas outras canções. E música alegre é o que não falta. "Interessa?" é uma das mais legais e viciantes do disco junto com "Laranjeira" em que Roberta vem acompanhada daquele clássico coro de samba de raiz.

É quase impossível ouvir "Que Belo Estranho Dia..." sem deixar escapar um sorriso de pura satisfação ao ouvir esta voz tão linda e gostosa de ouvir, parece até que ela tá cantando para você, quer dizer... pra mim. "Mais Alguém" serve de perfeito exemplo disto relatado. "Janeiros também.

Em "Fogo e Gasolina", Roberta canta um baião gostoso junto de Lenine. Com isso, não há dúvidas de que a música também se mostra como pérola do disco. Lenine com sua energia, Roberta cantando com mais vitalidade. Ótima canção.

Em suma, Roberta Sá, munida de "Que Belo Estranho Dia...", mostra que tem sensibilidade, talento e competência para entrar nesse hall das mais lindas vozes femininas tupiniquins da atualidade.


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Escolha sua lição

Posted : 15 years, 5 months ago on 1 December 2008 06:16 (A review of Ken Park)

"Ken Park" é um filme que depois de vê-lo não há como ficar na indiferença. Um filme chocante pra alguns e autobiográfico para outros.

A obra conta a história de um grupo de amigos. Uma história separada de cada um, mesmo que toda a história se enlace num enredo só. Os personagens são comuns visto pelo lado humano, carnal. Toda a história poderia estar passando em ao lado da sua casa, na frente da sua casa ou, quem sabe, na sua casa.

O ponto forte do filme são sim as cenas de sexo, mas defendendo o filme, não considero as tais cenas picantes desnecessárias e sim, profundas, sinceras, reais. Adolescentes possuem sentimentos e tesão. O filme tem sim o pequeno apelo para as cenas, mas é importante salientar que tudo que é visto é realmente normal. Ou quase tudo, ok.

Afinal, "Ken Park" é o tipo de obra que recomendo a todos. Faz você parar para pensar e tirar conclusões próprias em questões até hoje não resolvidas, já que o melhor do cinema é esse: incentivar a filosofia própria.


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Poema de concreto

Posted : 15 years, 5 months ago on 4 November 2008 04:53 (A review of The Milky Way)

O Brasil é uma boa fonte para o cinema. Isso é fato, não se discute. Pra sustentar esta informação, veja "A Via Láctea".

No meio de uma cidade completamente entupida de carros, fumaça, violência e etc é lindo ver uma história que permeia e resiste a tudo isso. Uma história de amor super, hiper, megacontemporânea. Tudo que é visto em "A Via Láctea" é simplesmente quase real, como na maioria dos filmes verde-amarelo.

A arte e o amor em que se emprega é vista em tudo, absolutamente TUDO. Na rua suja, no mendigo ali deitado, no assalto ali acontecendo, no semáforo lá em cima, no acidente de carro ali atrás... O longa mostra isso. Amor é tudo e tudo tem amor.

E o mais importante é que, no meio da cidade caótica e malévola, pode ter sim o happy end. E tem!


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O homem é o lobo do homem.

Posted : 15 years, 5 months ago on 4 November 2008 04:40 (A review of Equilibrium)

As vezes o cinema me pega de surpresa. Tô meio de bobeira, pego qualquer filme pra ver e... BOOM! "Equilibirum" fez isso comigo. Não esperava muito deste filme, porém se mostrou uma grande obra de vanguarda, futurítica e de boas atuações.

O filme conta a história de um homem que vive num futuro distante (espero), onde as pessoas tomam uma substância para não obter sentimentos (amor, raiva...) a fim de não eclodir mais nenhuma guerra mundial. Porém, este homem descobre o quanto é bom sentir emoções e decide então realizar uma revolução contra essa ditadura.

O mais interessante do filme é que ele trata, com bastante eficiência, que não precisamos de robôs para perdermos nossa personalidade. Nós somos nosso próprio perigo, nós nos matamos sem sequer nos darmos conta. É nisso que podemos voltar na história e ver o quanto Thomas Hobbes, pensador iluminista, estava certo: "O homem é o lobo do homem".

Com espetaculares cenas de muita ação e pouco fôlego, "Equilibrium" revela-se uma obra singular nas prateleiras de ação/ficção científica. Um filme de visão de mundo que une diversão e reflexão na dose certa.


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Macho Movie

Posted : 15 years, 7 months ago on 10 September 2008 02:34 (A review of Crank)

Filmes de ação, no geral, são sempre só amontoados de corpos perfurados por milhares de tiros e só. Um roteiro pobre, atuações chulas e cenas barulhentas. Mas eis que surge Adrenalina, um filme que prova que este estilo pode sim ser um bom atrativo de cenas rápidas, enlouquecedouras e de boa qualidade.

O filme mescla com respeito ação de competência e comédia segura com direção de Mark Neveldine e Brian Taylo. A trama conta a história de um matador de aluguel que é envenenado e descobre que se a taxa de adrenalina diminuir, seu coração pára. E daí pra frente é tudo muito urgente. Jason Statham corre desesperado o filme todo atrás do tal antídoto para tentar deter o veneno. Tudo é muito urgente: as atuações, as cenas, as camêras.

Como um bom exemplo de filme de macho, o filme mostra cenas eletrizantes com muitos tiros, brigas e para dar uma desestressada, sexo. No quesito ação, a fita dá conta do recado com bastante propriedade. Na parte cômica também. Piadas de puro humor ácido rondam o filme como urubus à carniça. Uma das cenas mais marcantes, citando pelo lado engraçado da obra, é a grande cena de sexo do filme em que o protagonista transa com sua namorada em plena chinatown.

Enfim, este filme é um bom exemplar que consegue provar que além de Michael Mann, Paul Greengrass e Michael Bay existe vida inteligente nos filmes de ação. Nós, homens, agradecemos.


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Engraçado sim, palhaço não

Posted : 15 years, 7 months ago on 9 September 2008 02:18 (A review of Basic Sanitation, The Movie)

Alguma vez você se sentiu como um idiota a assistir um filme? Alguma comédia medíocre já te fez perder duas horas preciosas de sua vida? Isso acontece com a maioria das pessoas. Não é muito fácil você se deparar com alguma comédia que não seje besta e palhaça. Todavia, ainda existem fitas de comédia que merecem ser assistidas devido toda sua qualidade de enredo, roteiro, direção e ainda possuir a proeza de te fazer rir sem fazer nenhuma careta, nenhuma palhaçada ou qualquer argumento esdrúxulo e imbecil. Disto, podemos citar o ótimo Pequena Miss Sunchine, o incrível Obrigado por Furmar e o hilário Saneamento Básico - O Filme.

O filme de Jorge Furtado apresenta a história ds moradores de uma pequena vila que planejam a realização de um vídeo apenas para pegar a quantia oferecida pelo governo federal e usá-la na realização de uma obra. Um roteiro simples é transportado para a telona de forma bem não só também simples como também inteligente. Jorge Furtado que já dirigiu o ótimo O Homem que Copiava agora nos traz a melhor comédia nacional de 2007 que conta com as belas interpretações de Wagner Moura, Fernanda Torres e Camila Pitanga.

A obra mostra uma história bem contada ao longo de todo o correr do filme com ótimos planos-sequências e diálogos rapidos e engraçados, como já é de praxe no expressivo cinema brasileiro. Ao decorrer do filme, percebe-se facilmente que cada cena, diálogo e piadinha é bem calculado e bem escrito. Os problemas na realização do filme são bem distribuidos os personagem, como se calhasse perfeitamente. As cenas de erro da fita são tão engraçadas que transparece sinceridade, realidade.

Mais um ótimo motivo de orgulho do cinema brazuca, Saneamento Básico é uma comédia que deve ser assistida a fim de dar entretenimento e uma, digamos, aula básica de cinema. Muito além de pipoca e risadas.


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- Uma batida forte, por favor.

Posted : 15 years, 8 months ago on 15 August 2008 04:43 (A review of Death Proof)

O liquidificador Quentin Tarantino está de volta com mais uma fascinante obra do cinema norte-americano. Com "À Prova de Morte", seu mais novo filme, Tarantino mistura mais uma vez uma série de ingredientes da sua própria forma.

MULHERES
Ingrediente essencial para esta obra, as mulheres fazem bonito quando em cena. Batem em homens, andam de carro em alta velcidade, vão ao bar ouvir boa música e, claro, beber demasiadamente. Lindas e sexys, são filmadas em seus melhores ângulos pelo próprio Tarantino: bundas, seios e pernas. Verdadeiras gostosas.

CARROS & VELOCIDADE
Também indispensável, os carros estão sempre em cena. Lindos, coloridos, velozes e sem o menor medo. Comandando a fotografia, Tarantino assume com propriedade as câmeras e seus recursos para, da melhor forma, mostrar com maior realidade possível cenas de perseguições que, de fato, são de tirar o fôlego.

VIOLÊNCIA
Elemento principal dos filmes de Quentin Tarantino. Na mãos de Tarantino, a violência vira um show estupendo, de tão exagerado que chega ser cômico. Chega a ser engraçado um acidente de carro, uma perna ensanguentada voando após uma acidente, uma briga violenta e covarde no meio da estrada. Tarantino sabe muito bem bater e o mais importante, como e em quem bater.

REFERÊNCIAS
Cada detalhe deste filme tem um porquê.
1. A cena em que as garotas tomam café da manhã é uma recriação da mesma cena em "Cães de Aluguel", primeiro filme do diretor.
2. Em determinada cena a personagem de Mary Elizabeth Winstead diz "Vipers". Trata-se de uma referência ao Deadly Viper Assassination Squad, presente nos filmes "Kill Bill - Volume 1" e "Kill Bill - Volume 2".
3. Os policiais que vão para o hospital após Stuntman Mike bater seu carro pela 1ª vez são os mesmos que relatam a cena do massacre no casamento em "Kill Bill - Volume 1".
4. A placa do carro de Stuntman Mike é JJZ-109. Trata-se do mesmo número da placa do carro de Steven McQueen em "Bullitt", 1968.

“À prova de morte” tem tudo o que os fãs aprenderam a adorar e respeitar em Tarantino. Uma chuva de referências pop (“60 segundos é um clássico. Mas o original, não aquela bosta com a Angelina Jolie”). Trilha musical característica, com direito à jukebox pessoal do cineasta no bar da primeira metade do longa. Mulheres fodonas quebrando o pau em situações improváveis.

O grande barato de Tarantino é fazer do simples algo além do esperado. E aqui faz-se com firmeza e muita destreza. Mais uma vez, com elementos da cultura pop e humor ácido e ágio, Quentin Tarantino nos serve mais uma delícia de obra-prima do cinema moderno.


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Pop sem ser pop

Posted : 15 years, 8 months ago on 9 August 2008 04:39 (A review of Disco Paralelo)

Depois do "escutável" primeiro CD do Ludov, "O Exército das Pequenas Coisas", não esperava um disco tão bem produzido e belo como "Disco Paralelo". Com o primeiro disco, a Ludov mostrou-me ser muito "café-com-leite", cheio de musiquinhas pop sem a menor graça, mesmo contendo no disco a estupenda e única música realmente boa do grupo até então: "Princesa". Agora eles estão de volta com um disco que promete músicas mais alegres e proveitoas.

Já de cara ouve-se o primeiro single, "Ciência". Música animadinha com uma letra e melodia bem casada. O refrão bom e a ótima voz da vocalista compreende em uma das mais belas faixas do disco. Logo após, outra ótima canção que, bem amena e provida de outra letra magnífica, se manifesta como outra pepita de "Disco Paralelo". Estou falando de "Fugi Desse País".

"Disco Paralelo" é um disco cheio de preciosidades musicais, arranjos bons, melodias gostosas e letras muito bem escritas. "Sobrenatural" é um exemplo perfeito pra tudo isto citado pouco atrás. No mínimo dançante, esta canção fica ótima em alto volume, cantado bem alto desafiando (e desafinando) suas cordas vocais. Uma ótima oportunidade de diversão assim como o CD em toda sua totalidade. E em seus últimos momentos deste trabalho, Ludov nos presenteia ainda mais com "Urbana". Sem dúvida, um dos maiores destaques e uma das mais divertidas canções. Pena que é a última.

Despois de escutar este que é um dos melhores disco de pop/rock de 2007, nota-se que em "Disco Paralelo", Ludov prova ser uma banda criativa e inteligente. Prova também saber fazer ótimas músicas pop sem pretenção de ganhar simplesmente fama e espaço numa rádio qualquer ou espaço num programa de TV. Com seu segundo (de muitos, espero) CD, o quarteto se aproxima mais ainda de seus fãs e ganha mais admiradores de sua arte. Um deles agora sou eu.


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